quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dia do Músico

Hoje, 22 de novembro, DIA DO MÚSICO. Parabens a todos eles que trazem de Deus este dom maravilhoso. 
Dou graças a Deus porque tive uma vida leve, alma inebriada no embalo da música. Com minha
irmã, crianças, em família, cantávamos fazendo "barulhinho" pra marcar os tempos ao som do violão que meu pai tocava. Minha avó paterna tocava gaita, meu avô materno tocava violão, gaita de boca e acordeon e esse eu pude vê-lo fazendo música. Quando aprendemos o valor de cultuar a Deus, aí sim virou festa. Nas noites que ficávamos em casa, ou nas tardes, acontecia o que hoje chamariam de louvorzão. Lembro das noites de inverno, nós: pai, mãe, Mana, Joãozinho e eu, às vezes com a irmã enxertada Joceli, na volta de um fogão de lenha com caldeira, alguem conheceu um desses? A cozinha aquecida e era muita a cantoria. Nesse tempo, eu já aprendia a fazer base no violão pro pai que era bom no solo. Os manos improvisavam percussão até com caixinhas de fósforos e colheres. Quando chegava o Tio Juca, aí a festa ficava ainda mais animada.
A primeira coisa que fizemos juntos, Sergio e eu, em agosto de 1975, foi cantar "A Multiplicação dos Pães", num culto na Igreja que ele pastoreava, uma Obra Nova no Bairro Auxiliadora, em Porto Alegre. Fui lá pra levar uma ovelha que iria congregar ali. Eu mal conhecia o jovem pastor, mas era como eu, um Aguiar. Foi nesse dia que tudo começou a "rolar" entre nós, até o dia 15 de outubro do mesmo ano, quando me pediu em namoro. Aí que não paramos mais de cantar juntos. Quase dez anos depois de casados, chegou o primeiro filho, Samuel Aguiar da Cunha, que antes mesmo de falar direito já cantava afinadinho. Aos dois aninhos, tocava seu pianinho de 16 teclas e aos 3, pediu algo com "mais possibilidades", mais oitavas "pra poder estender-se". Aos 7 já tocava no Grupo de Louvor na IEQ Vila Farrapos. Aos 9, tocou músicas clássicas num casamento. Daí pra frente foi se tornando um multinstrumentista. Aos 13 anos, regeu um coral no Teatro Guarani, em Pelotas-RS. O caçula, Misael Aguiar da Cunha, esse chegou a aprender um pouco de teclado, mas é um percussionista. Afinadíssimo e com bela voz, mas sua paixão é a bateria. Nossas canções de ninar foram os hinos da Harpa Cristã, Cantor Cristão, Hinário Quadrangular e músicas que faziam parte da nossa discoteca de LPs e Compactos (bolachões). Será que alguem lembra disso? Nosso bebês, ficavam quietinhos parecendo dormir, mas era porque gostavam de ouvir os hinos. Daí a razão de eles, especialmente o Sami, possuirem tão vasto repertório desde cedo.
Por isso, digo que sou privilegiada por Deus, pois minha vida sempre foi cheia de musicalidade. Se em dificuldades, cantamos. Nas alegrias e conquistas, cantamos. Existe DNA de música? Acho que é algo de Deus que colocou partícula de Sua essência nos seres viventes, pois até os animais possuem musicalidade. "Todo o ser que repira louve ao Senhor" Salmo 150:6.
Talvez ninguem leia este texto que escrevo, mas meu Criador e Salvador recebe minha ação de graças por ter colocado a música e músicos na minha existência, tornando-a bem mais fácil de suportar quando nas adversidades, mais produtiva, mais doce e edificante. Até sonhei, quando muito jovem, tornar-me cantora. Nunca tive voz nem técnica pra tanto, mas amo a música que é sempre muito presente ao meu redor. Tal qual a música, a vida pra ser prazerosa precisa de harmonia, melodia e rítmo.

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